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Open bar: ter ou não ter?

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Se tem algo que conquista a maioria dos participantes de uma determinada festa é o benefício da bebida liberada. Quem nunca colocou o open bar na frente da música como preferência para escolher um evento? Eu já. Quando as festas com bebida liberada começaram a se popularizar em Brasília, as outras pareceram perder o sentido “não tem open bar? Então nem vou”. No início era impossível enxergar algo de errado com esse esquema, parecia algo maravilhoso pagar o ingresso e ir curtir o evento sem se preocupar com o preço da cerveja. Até que começamos a perceber os pequenos e os grandes problemas que envolviam uma festa open bar.

Antes de começar com os meus exemplos é importante esclarecer que passei boa parte dos meus 28 anos em festas e tomando cerveja. Gosto muito de curtir eventos e shows com meus amigos e uma cerveja bem gelada. Então, o que não me faltam são histórias para contar.

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Já estive em show de axé open bar de banda grande que os bares ficavam extremamente longe do palco. Ou você pegava a bebida ou ouvia a música. Nesse tipo de evento não dá para descartar a música, eu paguei caro para ouvir a banda e para beber o quanto quisesse, não para escolher entre um e outro. Resumo: não aproveitei bem nenhum dos dois.

Esse tipo de problema acontece mais em evento pequeno: a bebida acabar antes da festa. Isso acontecia muito na época que eu frequentava aqueles churrascos dos cursos da UnB. Tinham uns que eram super organizados, mas na maioria o bar deixava a desejar (falo no passado porque já tem alguns anos que não frequento essas festas, então não sei como estão hoje). Aliás, esses eram uns daqueles eventos que a gente prefere saber mais sobre o open bar do que sobre quem está tocando.

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Não sei nem se preciso comentar sobre aqueles eventos que tem só um bar e fica aquele tumulto para conseguir pegar uma bebida, e quando você finalmente pega a bebida acaba derrubando metade do copo quando esbarra nas pessoas para sair do tumulto.

Outra situação muito chata foi em uma festa de axé, de novo, que o camarote era open bar e a pista não. Paguei mais caro para o open bar, mas a cerveja estava quente. Só que não era quente do tipo que dava para encarar, ela estava natural. Acho que era mais do que natural, parecia um chá. A solução foi curtir na pista e comprar a cerveja gelada. Me diverti muito nesse dia, o problema foi não ter recebido pelo que eu comprei.

Mesmo com todas essas situações chatas, o verdadeiro problema de um open bar é a onda de violência que ele pode causar. Veja bem, não estou dizendo que se tem open bar é sinônimo de que vai ter briga, estou apenas afirmando que o ambiente com bebida liberada fica muito mais propício para elas aparecerem. É legal beber, eu já disse que adoro uma cerveja, só que tem gente que depois de umas tantas doses de álcool fica extremamente valente e acaba provocando as brigas mais estúpidas do mundo.

Eu tenho horror a briga e morro de medo, quando começa alguma perto de mim eu saio correndo. Tenho medo de levar um soco ou uma garrafada por acidente, sei lá. Não penso muito e me afasto o máximo possível. Já vi brigas enormes se iniciarem pelo motivo mais banal do mundo, no carnaval em Brasília eu vi uma briga começar por causa da fila no banheiro e ela tomou proporções tão absurdas que tinha homem entrando no meio. Não vi mais porque, como eu já disse, saí logo de perto. Há alguns anos, em um grande show de samba aqui em Brasília a quantidade de briga era tão grande que eu fui embora. Eu não conseguia curtir o show porque toda tinha correr de uma nova roda de briga que se formava.

Então precisamos acabar com o open bar?

Na contramão das famosas festas open bar, algumas novas produtoras decidiram não colocar esse “benefício” nos eventos que produzem. Só que surge outro problema: preço. E quando digo preço, é preço do ingresso e preço da bebida. Eu sei que ninguém é obrigado a ir a lugar nenhum, mas será que eu preciso pagar tão caro para poder curtir um evento legal em Brasília?

Eu não consigo entender o porquê de uma cerveja custar pouco mais de 2 reais no mercado e eu ter pagar 15 reais por ela na balada. Isso sem falar nas caipiroskas com vodka nacional que custam 25 reais, o preço de uma garrafa no mercado. Qual a função desses preços exorbitantes? Faturar mais? Ter um público “diferenciado”? Não ter tanta gente bêbada? Eu realmente não sei. E como não organizo festas, provavelmente não saberei.

Na minha opinião as festas open bar não devem ser proibidas, faz quem quer e vai quem quer. Apesar dos problemas que citei, eu já me diverti inúmeras vezes e participei de ótimos shows, festas e churrascos que eram open bar. Esses eventos que não tem bebida liberada também são boa opção, o bar é tranquilo e não vejo confusões acontecendo por conta de bebida, só tenho esse problema com o preço.

No meu grande sonho de baladeira eu só queria que Brasília fosse uma cidade normal, onde a gente paga um preço justo pelo ingresso, pelas bebidas e se diverte com infraestrutura descente. Aqui é assim, ou tem preço alto ou não tem qualidade.

E você? O que acha das festas open bar?

Tem 29 anos, é de Brasília e já se divertiu muito por aqui. Com o passar da idade sentiu que ficou cada dia mais difícil saber quais são os locais que valem a pena sair de casa. Por isso decidiu colaborar com quem também está em busca de boas opções para se divertir, comer ou descansar em Brasília.

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