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Brasília recebe adaptação de Grande Sertão-Veredas

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A literatura brasileira do século XX no planalto central. Essa é a missão da diretora teatral Bia Lessa ao decidir colocar os universos contidos em Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, e as inúmeras possibilidades de análise do romance em cena. A adaptação, baseada em uma das grandes obras do séxulo XX, estará em cartaz no dia 28 de julho (sábado), às 20h, no Auditório Planalto do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Os ingressos custam entre 30 e 200 reais e estão à venda pelo site da Bilheteria Digital.

O elenco é composto por Caio Blat (Riobaldo), Luíza Lemmertz (Diadorim), Luísa Arraes, Leonardo Miggiorin, José Maria Rodrigues (Hermógenes), Balbino de Paula, Daniel Passi, Elias de Castro, Lucas Oranmian e Clara Lessa. Para dar vida ao mítico sertão, Bia reuniu nomes como Egberto Gismonti (música), Camila Toledo (concepção espacial, com a colaboração de Paulo Mendes da Rocha), Sylvie Leblanc (figurino) e Fernando Mello da Costa (adereços).

Entre as conquistas, o espetáculo é vencedor do Prêmio APCA 2017 na categoria Melhor Direção (Bia Lessa), Prêmio Shell nas categorias Melhor Direção (Bia Lessa) e Melhor Ator (Caio Blat) e do Prêmio Bravo! 2018 na categoria Melhor Espetáculo de Teatro (Grande Sertão: Veredas), chega à cidade após temporada de casa lotada, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O enredo

A história é baseada no Sertão de Guimarães Rosa. Bia convida a plateia a um mergulho fundo na epopéia narrada pelo jagunço Riobaldo, que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes, para fazer um pacto com o diabo e descobrir seu amor por Diadorim.

Para dar vida ao sertão, a trilha sonora do espetáculo foi pensada especialmente para trazer o expectador para dentro da obra, e é composta por três níveis: os ruídos e sons ambientes, característicos do sertão, a música composta por Egberto Gismonti e os sons que representam nossa memória emotiva, com canções que fazem parte de nosso imaginário. Os figurinos são uma leitura do sertão, sem regionalizá-lo – são personagens do mundo.

Além disso, uma estrutura tubular que lembra um claustro, uma gaiola, estará fixada no Auditório Planalto do Centro de Convenções, e poderá ser visitada durante o dia. A estrutura é cenário de violentas batalhas e de reflexões profundas durante a vida no sertão, retratada pela obra. Na ocasião,250 bonecos de feltro com tamanho humano, criados pelo aderecista Fernando Mello da Costa, compõem uma imagem permanente: a cena da morte de Diadorim como um presépio, passível da participação do público, não só como espectador, mas também como agente da ação, ocupando o lugar da personagem.

A trama envolve um trabalho com mais de 600 horas, com o elenco em ensaios diários por 92 dias, e de grande esforço físico. A tecnologia é a grande marca da montagem para guiar o público por tantas veredas. Cada espectador usará fones de ouvido que permitirão escutar separadamente a trilha sonora, as vozes dos atores, os efeitos sonoros e sons ambientes característicos do sertão, levando-o a um nível inédito de interação com a dimensão sonora do espetáculo. Apesar de todos compartilharem o espaço na plateia, cada um terá uma experiência única durante a apresentação.

 

Tenho 29 anos e até poucos anos atrás poderia estar classificada como baladeira. O tempo foi passando e hoje seleciono melhor os lugares que valem a pena frequentar. Assim como já falamos, não é sobre glamour, é sobre diversão de verdade. Sobre gastar com o que realmente vale a pena. Queremos levar para todos um conteúdo que não achamos por aí.

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