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O que esperar do show Bell Exclusive
A notícia da saída de Bell Marques do Chiclete com Banana soou como uma bomba para os fãs apaixonados da banda. Eu fui uma das tantas que ficaram chocadas com a notícia, esse boato já existiu por muitos anos, mas ver o Bell confirmar doeu muito. Muitas questões ficaram no ar, e a cada momento surgia um novo boato que deixava todo mundo mais confuso. Quem vai assumir a banda? O Bell vai tocar as musicas do Chiclete? Como vai ficar o carnaval? Quem vai ficar com os blocos? Com o passar do tempo as coisas foram se ajustando e as respostas foram aparecendo. Mas tudo isso aconteceu há um ano.
Não deve ser nada fácil começar uma carreira solo depois de mais de 30 anos liderando uma banda. O Chiclete com Banana sempre arrastou multidões, e ninguém sabia quem ia continuar no comando de toda aquela massa. Passado um ano, parece que tudo se dividiu. Uma parte dos fãs continua com a banda, outra parte está com Bell e ao que tudo indica uma grande parcela ainda não se decidiu.
Não posso afirmar que esse show foi criado para tentar pegar esses “indecisos”, mas de acordo com o que eu andei ouvindo, parece que sim. O repertório é baseado nos clássicos do Chiclete com Banana, aqueles que só quem é fã há muito tempo conhece. Só pelo vídeo postado no facebook do Bell dá para ter uma noção do que vai acontecer.
Minha prima Nana Quirino, que é chicleteira faz muito tempo esteve na primeira edição do Bell Exclusive lá em Salvador e disse que foi um show como nunca se viu. Músicas que a gente cansava de pedir e eles não tocavam. Segundo ela, o Bell faz uma espécie de linha do tempo com o repertório e toca clássicos como Magia, Quiribamba, Aririô, Mistério das Estrelas (eu AMO essa música, já fui a muitos shows do Chiclete e nunca a ouvi ao vivo). Só quem é fã há muito tempo entende o peso desse repertório.
Na minha opinião, eles viram que, para conquistar o pessoal mais fiel é preciso resgatar aquilo que fez eles com que eles se tornassem fã, a música do Chiclete. Quem curtia a banda, gastava horrores no carnaval, tatuava e acompanhava ela pelo Brasil, não era só por causa da voz, era pelo conjunto que ela representava. Demorou quase um ano para perceberem isso e agora parece que estão indo atrás do prejuízo.
Então, em termos de repertório, o show do próximo domingo em Brasília deve entrar para a lista daqueles inesquecíveis, e promete agradar tanto quem é da antiga, tanto quem chegou por agora. Quem vai lá conferir?
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