Grande Sertão-Veredas chega a Brasília para apresentação única

Dica maravilhosa para o final de semana! A peça Grande Sertão: Veredas, adaptação do clássico literário brasileiro de João Guimarães Rosa, estará em Brasília no próximo sábado (28). Além de assistir a apresentação de modo tradicional, os espectadores poderão viver uma experiência única em cima do palco. Durante a experiência, o público ficará em um espaço reservado, como uma gaiola, e ter uma percepção privilegiada da apresentação. Os ingressos do setor já podem ser comprados e a meia-entrada custa R$ 200.

A estrutura montada no palco lembra uma gaiola, e a grande aposta é a tecnologia usada para guiar o público pelas veredas. Cada espectador vai usar um fone de ouvido que permitirá escutar separadamente a trilha sonora, as vozes dos atores, os efeitos sonoros e sons ambientes característicos do sertão.

“A gente trabalha com quatro linhas sonoras. Uma amplia o espaço do teatro, com a ideia de uma sonoridade que vem de fora das paredes, o som dos rios, dos pássaros, dos bichos que vem de muito longe. Depois, a música, que é de Egberto Gismonti. Uma outra linha, que eu chamo de músicas do inconsciente coletivo de nós todos, das grandes cantorias, as rezas, as benzedeiras. Por último, as vozes dos atores que também dialogam com essa experiência sonora”, explica Bia Lessa, diretora do espetáculo.

Elenco

O elenco é composto por Caio Blat (Riobaldo); Luíza Lemmertz (Diadorim); Luísa Arraes; Leonardo Miggiorin; José Maria Rodrigues (Hermógenes); Balbino de Paula; Daniel Passi; Elias de Castro; Lucas Oranmian; e Clara Lessa. Já Egberto Gismonti (música), Camila Toledo (concepção espacial, com a colaboração de Paulo Mendes da Rocha), Sylvie Leblanc (figurino) e Fernando Mello da Costa (adereços) dão vida ao sertão.

O enredo

A história é baseada no Sertão de Guimarães Rosa. Bia convida a plateia a um mergulho fundo na epopéia narrada pelo jagunço Riobaldo, que atravessa o sertão para combater seu maior inimigo, Hermógenes, para fazer um pacto com o diabo e descobrir seu amor por Diadorim.

Para dar vida ao sertão, a trilha sonora do espetáculo foi pensada especialmente para trazer o espectador para dentro da obra, e é composta por três níveis: os ruídos e sons ambientes, característicos do sertão; a música composta por Egberto Gismonti; e os sons que representam nossa memória emotiva, com canções que fazem parte de nosso imaginário. Os figurinos são uma leitura do sertão, sem regionalizá-lo – são personagens do mundo.