Lei

No Dia da Mulher, eu quero:

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Eu quero sair com as minhas amigas, beber e não ter medo de sofrer nenhum abuso. Quero falar que eu prefiro tomar cerveja do que drinks coloridos e não receber nenhum olhar estranho. Quero que entendam que estar bêbada não é estar disponível. Quero não ser chamada de puta safada quando algum “espertinho” abusar de mim.

Quero estar no trânsito e não ser ofendida apenas por ser uma mulher no volante. Quero ser respeitada e não correr o risco de nenhum maluco me perseguir por causa de algum erro banal. Quero parar de ouvir piadinhas sobre eu dirigir mal, mesmo sem a pessoa nunca ter entrado em um carro comigo. Quero que parem de dizer que eu não sou uma boa motorista somente por ser mulher.

Quero sair com um short e a barriga de fora sem receber olhares maliciosos de todas as partes. Quero usar uma roupa curta em um dia de calor e não ser julgada por isso. Quero usar um vestido curto e não ter medo de ser assediada. Quero andar na calçada e não receber buzinadas e  “elogios” desprezíveis.

Quero falar de futebol sem ser durante a Copa do Mundo. Quero que não me interroguem quando eu digo que sei o que é impedimento. Quero que não questionem o meu amor pelo meu time somente por eu ser mulher. Quero que saibam que eu posso entender de futebol. Quero ir ao estádio ver um jogo sem receber piadinhas sobre “qual lado o meu time faz gol”.

Quero que entendam que eu tenho tantos desejos quanto um homem. Quero poder viver esses desejos tanto quanto um homem. Quero ficar com quantos eu desejar e não ser chamada de puta. Quero descobrir por que a mulher fica “mal falada” e o homem vira o “garanhão”. Quero não ser beijada a força. Quero que o meu parceiro também receba a “culpa” quando eu engravidar sem querer.

Quero que não julguem aquelas que não sonham em ser mãe. Quero que respeitem as que não têm vontade de casar vestida de noiva. Quero um marido que saiba cozinhar tanto quanto eu. Quero ter na minha casa um homem que saiba lavar a louça e as cuecas.

Quero que a licença maternidade não seja vista como férias prolongadas. Quero que me poupem de comentários sobre o meu corpo depois que eu tiver um filho. Quero poder passar mal sem ouvir nenhuma piadinha sobre gravidez. Quero ter o salário igual ao do meu colega. Quero não ser subestimada quando ocupar um cargo de chefia e quero não ter que levar fama de “durona” para ser respeitada.

Quero não ser ameaçada quando terminar um namoro. Quero não apanhar de um homem somente por ser fisicamente inferior a ele. Quero não ter medo de ser julgada quanto contar qualquer abuso que eu sofrer. Quero não ser assassinada pelo meu ex que não se conforma com o fim de um relacionamento.

No dia da mulher, e em todos os outros dias no ano, eu quero mais respeito e igualdade para todas nós.

Tem 29 anos, é de Brasília e já se divertiu muito por aqui. Com o passar da idade sentiu que ficou cada dia mais difícil saber quais são os locais que valem a pena sair de casa. Por isso decidiu colaborar com quem também está em busca de boas opções para se divertir, comer ou descansar em Brasília.

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