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Doando sangue, doando vida

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Semana passada compartilhamos aqui no After25 a história da Catarina que sofre com a Leucemia e precisa de doações de sangue, e então eu resolvi ajudar. A primeira vez que doei sangue foi em 2007, depois doei de novo em 2009, em 2010 não consegui doar porque estava quase com anemia e em 2013 também tentei ir e não consegui por problemas no trabalho. Entre 2010 e 2013 não doei por que tinha passado por duas endoscopias, e só é permitido doar sangue depois de seis meses do procedimento. E logo depois perdi muito peso e fiquei abaixo do limite permitido da doação. Ganhei um pouco de peso no carnaval e decidi que ia usar isso como vantagem, e então fui ajudar a Catarina. Como já sou doadora antiga, o procedimento não é novidade, mas eu resolvi fazer esse post para contar como é a doação de sangue.

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Foi a primeira vez que fui doar para alguém específico, nas outras vezes era doação voluntária. Para doar para alguém é necessário informar na hora do cadastro o nome da pessoa e o hospital em que ela está internada. E é também no cadastro que a gente informa que quer ser doador de medula, sempre tive essa vontade, mas nunca me lembrava. Para ficar registrada como doadora de medula, forneci dois contatos meus para eles contatarem caso não me encontrem.

Depois do cadastro a gente passa pela Pré-triagem, que é onde eles veem se estamos com as condições de saúde para poder doar o sangue. Eles nos pesam, medem a nossa altura, a pressão e a temperatura. Além disso, eles também dão uma furadinha  no nosso dedo para recolher uma pequena amostra do sangue, que passa por uns testes rápidos para saber se ele pode ser doado. Foi nesse teste que fiquei sabendo da anemia e fui impedida de doar.

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Meu dedo depois da pré-triagem

Passada a pré-triagem, a gente recebe o pré-lanche e a recomendação de tomar pelo menos três copos de água. O pré-lanche dessa vez veio com um suco de caixinha, um pouco de biscoito maisena e uma rapadura.

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Pré-lanche

Enquanto comemos o pré-lanche, as senhas para a Triagem Clínica vão sendo chamada, nessa etapa nós somos entrevistados por algum profissional de saúde que faz muitas perguntas. É muito importante ser sincero na hora de responder, tem algumas que são um pouco constrangedoras, mas é só lembrar o motivo de estar lá que vergonha passa. As perguntas passam pelas suas condições de saúde e vão até sobre quantos parceiros sexuais você teve nos últimos 12 meses. Foi nessa entrevista que fui informada que tinha anemia e não podia doar. Estando tudo certo, é só aguardar ser chamado para a coleta do sangue, que é a verdadeira doação.

Sempre que vou tirar sangue, ou tomar injeção passo alguma dificuldade por causa das minhas veias que são difíceis de encontrar. Nas duas vezes que tinha doado sangue eles encontraram minha veia de primeira e dessa vez não foi diferente. O medo é porque a agulha não é do tamanho daquelas que usam em exames, ela é bem mais grossa e a minha veia é fina. Tive que passar uns 15 minutos apertando uma bolinha bem dura para poder bombear o sangue, porque o fluxo estava baixo. No fim das contas deu tudo certo e consegui retirar os 410ml de sangue para doar.

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Agulha da doação de sangue

Antes de coletar o sangue assinei um termo liberando o recolhimento do material para ser doadora de medula e recebi o comprovante de doação no nome da Catarina.

Na segunda vez que doei sangue minha pressão caiu quando estava no lanche e quase desmaiei, fui socorrida na hora e rapidamente melhorei. Não sei por que isso acontece, mas parece que é comum, tanto que eles pedem para esperar um pouco antes de levantar. Confesso que estava com medo de desmaiar de novo dessa vez e prometi ficar atenta a qualquer sinal diferente.  Assim que terminou a coleta me senti um pouco tonta, avisei rapidamente para a servidora que fez a minha coleta e ela ajustou o leito para minhas pernas ficarem mais altas. Depois de um tempo deitada naquela posição, me senti melhor e fui para o lanche.

Dessa vez foi servido um misto quente bem quentinho, um suco de caixinha, um iogurte e uma banana. Comi o suficiente para me sentir bem e devolvi o que tinha sobrado.

Lanche

Lanche

Todo o procedimento demora em cerca de uma hora, mas no dia que eu fui o Hemocentro estava lotado (ainda bem), cheguei lá 10:30 e saí de lá 13:40. Doar sangue é algo que eu faço com muito prazer, não custa nada e ajudo a salvar vidas. De acordo com informações do Hemocentro, cada doação pode ajudar até quatro pessoas diferentes.

Se você não tem medo de agulha e está em condições de doar, não hesite, procure o órgão responsável na sua cidade e faça sua doação. Quanto mais pessoas doarem, menos pacientes sofrerão nos hospitais.

 

Tem 29 anos, é de Brasília e já se divertiu muito por aqui. Com o passar da idade sentiu que ficou cada dia mais difícil saber quais são os locais que valem a pena sair de casa. Por isso decidiu colaborar com quem também está em busca de boas opções para se divertir, comer ou descansar em Brasília.

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